V60: O queridinho que mudou o jogo do café

O primeiro passo de todo entusiasta de café é descobrir que, além de tipos e torra, existe um mundo de métodos de preparo. E aí, pronto: nasce a vontade de testar tudo. Entre todas as opções, tem um que sempre aparece no caminho — seja numa cafeteria, na casa de um amigo barista ou no feed do Instagram. É ele: o V60.

Mas de onde vem esse método? Por que ele conquistou tantos corações (e xícaras)? Hoje vamos entender o porquê desse sucesso todo — e quem sabe, ao final do texto, você já esteja querendo um pra chamar de seu.

Imagens criadas com I.A.

Uma empresa de vidros que revolucionou o café

O V60 foi criado pela Hario, uma empresa japonesa que começou sua história produzindo vidro para uso físico e químico. Só em 1949 a marca lançou sua primeira linha de produtos domésticos — e, ao longo dos anos, conquistou prêmios importantes de design.

Foi em 2005 que surgiu oficialmente a Hario V60. O nome vem do seu formato em cone com ângulo de 60 graus. Simples, direto — como tudo que é bem pensado.

No começo, era fabricado só em cerâmica e vidro. Depois, surgiram versões em plástico, metal e até bronze. Mas foi nos campeonatos de barismo, nos anos 2010, que o V60 estourou de vez e virou símbolo do café especial feito com cuidado e intenção.

O formato faz a diferença

Diferente de outros coadores, o V60 tem ranhuras em espiral por dentro e um furo grande na base. Parece simples, mas isso muda tudo.

Seu formato em cone e a angulação direcionam o fluxo da água para o centro, aumentando o tempo de contato com o café. As ranhuras criam espaço entre o filtro e o coador, permitindo a saída de ar e ajudando na expansão do café na pré-infusão (o famoso blooming). E o furo grande? Ele te dá controle total da extração: mais rápido, mais lento, mais encorpado ou mais delicado. Tudo depende de como você conduz o preparo.

Isso é o que torna a V60 tão especial: ela responde de forma sensível às suas escolhas — moagem, tempo, temperatura, velocidade da água… cada detalhe muda o resultado na xícara. É um método versátil e desafiador, perfeito pra quem gosta de explorar.

Por que todo mundo ama a V60?

Além de permitir extrações limpas, aromáticas e complexas, a V60 tem algo de quase meditativo. Preparar café com ela é um ritual. É o tipo de coisa que te convida a desacelerar, focar no agora e se conectar com o momento.

Aqui na Differ, a gente adora usar a V60 — principalmente com cafés mais frutados e delicados, que merecem brilhar na xícara.

E você, já testou a sua?

Imagens criadas com I.A

O método de Tetsu Kasuya

Falando em brilho, não tem como citar V60 sem falar de Tetsu Kasuya, campeão mundial da Brewers Cup em 2016. Ele ficou famoso por desenvolver uma receita simples e acessível, que virou referência no mundo todo.

A ideia dele é dividir a infusão em 5 etapas iguais, com intervalos de 45 segundos entre cada uma. Isso dá mais controle da extração e resulta numa bebida limpa, doce e equilibrada.

É quase uma coreografia entre a água e o café.

Receita de Tetsu Kasuya (para 300 ml):

  • 20g de café moído médio

  • 300g de água a 92–94°C

  • Divida a água em 5 pours de 60g

  • Aguarde 45 segundos entre cada adição

  • O tempo total deve ficar entre 3:30 e 4 minutos

Agora que você conhece a história da V60 e o que ela pode oferecer na sua xícara, é hora de preparar a sua. Testa a receita campeã e depois conta pra gente: o resultado também foi campeão?

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